Foi a 30 de Setembro que tudo aconteceu

Malta jovem se junto e um novo núcleo apareceu

No Bola D´Ouro cresceu a ideia “fenumental”

Com 30 bácuros fazer o maior Núcleo de Portugal

E a ideia foi em frente e até um simbolo criámos

Para de emblema servir um esbelto porco adoptámos

De aposta em aposta, ao futebol na praia

O que nos parte a carola “é um belo rabo de saia!”

É NAB, É NAB, É NAB, É NAB, É NAB

É NAB, É NAB, É NAB, É NAB, É NAB

Sexta-feira, é pronúncio

Domingo, Agitado

Sábado, é dia de Fé

“Finau de Semana é Sagrado”

Lá, lá, lá, lá lá……………Lá, lá, lá, lá lá…………

Já passamos por muito juntos e vamos aguentando

Agarrados às Bejecas e aos amendoins no “Fernando”

Sempre sempre em discussão, por vezes não joga o baralho

Há a irritação da ordem, “ó pá vai mas é para o caralho!”

Nasceu do nada a união que muitos anos durará

Bem expressa nesta canção, a qual ninguém esquecerá

Foi a 30 de Setembro que tudo aconteceu

Malta jovem se juntou e um novo Núcleo apareceu

É NAB, É NAB, É NAB, É NAB, É NAB

É NAB, É NAB, É NAB, É NAB, É NAB

Lá, lá, lá, lá lá…………….Lá, lá, lá, lá lá………

Lá, lá, lá, lá lá…………….Lá, lá, lá, lá lá………

quarta-feira, agosto 24, 2005

Baú de Recordações - O Futebol

Voltamos uma vez mais a reviver momentos dourados do Núcleo e dos seus elementos.

Do saudoso ano de 1991, e daquela famosa tarde de Setembro, saltamos para algures em 1993, numa bela manhã de sol, no fantástico complexo desportivo do C.E.F.A., onde se disputou mais um belo jogo de futebol.

O “Baú de Recordações” não procura neste caso reviver excessos da juventude em dias de campanha eleitoral, à semelhança do anterior “Baú”. Procura sim, “retratar os jogadores” e relembrar o que era o “folclore” de uma manhã de jogo, numa das épocas de maior vigor futebolístico da nossa já longa existência.

Com sucesso assinalável, que se vem esbatendo ao longo dos anos, as convocatórias para os jogos eram bastante concorridas, e o pessoal respondia presente ás chamadas do Hugo (na altura o grande dinamizador da prática desportiva).

Os Sábados ou Domingos eram uma festa, começada na noite anterior, com o rebuliço próprio das horas antecedentes ao jogo.

Em muitas ocasiões havia equipas feitas de véspera, aumentando a excitação e picardias, com o pessoal tentando acossar e desmotivar os adversários, que à boa maneira da tradição no núcleo, tinham sempre resposta à altura (as conversas de balneário de hoje, já têm barbas).

Desde o combinar da hora marcada, com a concentração na Fonte, no Jardim ou no Bola D’Ouro (nesta altura a base ainda não era no Fernando), com o tradicional pequeno-almoço, tão variado consoante os gostos ou noites anteriores de cada um, passando pelo transporte para o campo que era feito em caravana e sempre motivo de larga galhofa, a manhã dos dias de jogo eram sempre momentos únicos.

Para este, que não deve ter tido falta de ingredientes preparatórios, como revelam as posturas e trajes dos atletas, o cenário prometeu, com as equipas equipadas a rigor, e com os “onzes” a posarem para a foto inicial.

Para que não restem dúvidas de quem é quem, as equipas alinharam da seguinte forma, da esquerda para a direita:
De verde em cima: João Leitão, Luis Nuno, Nuno Rafael, Quim Zé, Chicago, Magalhães
Em baixo: Abel, Maia, Ribeiro, Xangai, Fonseca e Jaime Cabeçudo

De equipamento do NAB no torneio do Bagúncio da esquerda para a direita
Em cima: Tó Zé, Miguel Oliveira, Mané, Jaime, CáJó, Orlando
Em baixo: João Rui, Paulo, Nuno Silva, Abílio e Formiga.

Importa tecer alguns comentários relativamente à postura das equipas e dos seus atletas.

Comecemos pelos verdes
Posam de forma imperial para a foto.
Os seus elementos são a imagem de segurança e estabilidade (veja-se a postura do quinteto de cima a contar da direita) com uma pincelada de equipa guerreira transmitida pelo fantástico João Leitão.
A isto se une uma pitada de descontracção (ao centro em baixo) e no máximo do seu “elan” a postura do Abel, de perfil, legitimo representante dos navegadores portugueses demonstrando a altivez dos eleitos.

Os de bordeuax? (provavelmente o equipamento mais feio e “diferente” que podia ter sido escolhido para nos equipar, mas como sempre primámos pelo exclusivismo…) contrariamente aos verdes, adoptam uma postura mais divertida, com excepção do magnificamente equipado e de postura exemplar ToZé, revelador da segurança que um Guarda-redes deve transmitir.
O restante quinteto de cima, bastante alegre, apresenta o típico cruzar de braços tão ao gosto dos futebolistas, e em baixo, sem tempo para a pose, a confusão era total, com os seus elementos a transmitirem uma imagem de união (com o abraço) culminando no Formiga a demonstrar um ar desafiador, tão ao seu jeito.

Do resultado do jogo não reza a história (o homem dos meios técnicos que virou guarda-redes, neste jogo jogou à frente e não filmou). O que ficou foram estas duas fotos maravilhosas dos nossos vinte e poucos anos…

Termino fazendo uma comparação com o presente, e é com satisfação que verifico que a maioria dos presentes na foto ainda se entrega a estas andanças com regularidade.

Os jogos passaram a ser ao Sábado, o relvado natural deu lugar ao sintético, temos coletes, as bolas são de grande qualidade, os “reforços” apresentam a mística necessária, e a grande maioria do pessoal, ainda empurra a bola prá frente, com maior classe e jeito, digo eu…

A fantástica relação que mantemos com o desporto-rei, indo muito além das tradicionais conversas de café e da exaltação própria do pós-jogo, obriga-nos a vestir o fato de gala e a estar presentes semana após semana em sede própria para aí demonstrarmos que afinal o tempo não passa por nós...

Como já disse, e um dia destes vai ser tema de conversa, quando tinha vinte e tal anos (como na foto) estava como estou hoje… tinha era menos dores no joelho!

O mesmo se passará com os outros, ou não fossem os momentos antes e pós jogo de futebol tão ricos e vividos com tanto entusiasmo!!!

Registo que em comparação com os jogos de à 10/12 anos, falta um ingrediente que tem vindo escassear:

- Almoços após os desafios, onde aí sem qualquer tipo de duvidas afirmo que estamos claramente melhor que antigamente.

Até breve

quinta-feira, agosto 04, 2005

Epicentro

  • Damien Rice - The blower's daughter


  • Por altura da celebração do aniversário de um amigo, este decidiu juntar um grupo, e como é habitual, a opção recaiu num jantar. Até aqui nada de novo, não fosse a aura que se desencadeou durante o convívio, e que despoletou uma “erupção” genial.

    A noite foi espectacular, como seria de esperar com tantas “pessoas bonitas” e a festa durou até ás tantas.

    Estes jantares de aniversário, comuns em todo o lado e a toda a gente, têm sempre muita animação, mas este particularmente teve uma aura diferente, responsabilidade do aniversariante, que conferiu à data (a sua) um título interessante e “sui generis” :
    - O epicentro

    Esta denominação diz muitíssimo, e a interpretação do momento será feita por cada um.

    O que acho interessante, se pensarmos um pouco nisto, é que encontraremos um ponto de equilíbrio entre as nossas vivências anteriores, e o ponto de partida? para experiências futuras.

    Não resisto a transcrever um texto que encontrei por aí…

    “ O epicentro da idade – os trinta (s)

    Epicentro – s.m. região da superfície terrestre, por cima do hipocentro, onde é máxima a intensidade de um abalo sísmico e onde ele atingiu em primeiro lugar a superfície do solo (Do gr. Epi + kéntron)

    There is a common myth that most damage will occur near the epicenter of the earthquake, or that the epicenter is synonymous with "ground zero." However, the earthquake epicenter is typically not the point at which most damage occurs. The fault rupture can be tens of miles long and waves are generated along the entire length of the fault.

    HIPOCENTRO (O FOCO)
    Es el punto en la profundidad de la Tierra desde donde se libera la energía en un terremoto. Cuando ocurre en la corteza de ella (hasta 70 km de profundidad) se denomina superficial. Si ocurre entre los 70 y los 300 km se denomina intermedio y si es de mayor profundidad: profundo (recordemos que el centro dela Tierra se ubica a unos 6.370 km de profundidad).
    Desculpem a retórica, mas é necessário enquadrar bem o tema.
    E também esclarecer desde já, que não se trata de minimizar todas as outras etapas que vamos vivendo, à medida que o tempo passa e nós a caminhar para uma qualquer espécie de fim (ou renascimento, conforme as crenças de cada um).

    Trata-se tão-somente de enaltecer o presente (gozem o que têm e o que vos vai acontecendo, caramba!), sendo que para isso podemos acreditar que existe um foco, para o qual contribuem os factos do passado e que poderá ter (tem!) impacto no futuro.

    Segundo as leis geológicas, existe um hipocentro – local no interior do planeta, onde a energia que se vai acumulando ao longo dos anos, é por fim libertada.

    Como no ser humano.
    Acumulamos experiências e sabedoria e chegamos a um ponto, em que tomamos consciência do nosso potencial, daquilo que somos, e algo em nós explode.

    Queremos interagir com o mundo e redimensionar a nossa vida.
    Quando isto acontece, tal como nas leis da física que regem os fenómenos naturais, este foco de energia liberta-se e provoca um “terramoto”, ao deixar sair cá para fora o que fervilhava no interior. E nesse momento, à superfície, nasce o epicentro.

    Sofremos um abanão. Que pode ter impacto não só neste ano (2005), como também poderá ter repercussões e efeitos à distância (qual tsunami) ou a longo prazo (quiçá enriquecer a próxima década).
    A nossa superfície é feita de todos aqueles que nos rodeiam, do trabalho, das actividades que nos preenchem o tempo (exercitam o corpo e estimulam a mente).

    Tenho 2 teorias.
    1- O epicentro de cada década
    2 – O epicentro da vida
    Para mim, nesta fase do meu viver, ambos coincidem.

    Para vivermos bem connosco e com a vida, há que acreditar que cada década tem o seu quê de especial e único.
    Acredito que é de facto assim.
    A infância, a adolescência, o ser adulto e também a chamada “velhice”, têm todas elas o seu encanto particular e em cada fase vamos vivendo por vezes, situações repetidas, mas com olhares e emoções diferentes.

    Aquilo que para mim distingue a “era” dos trinta anos, é que não somos ainda considerados velhos, mas também já não somos vistos como novos. Existe aqui uma comunhão plena do corpo e do espírito. O físico ainda está em boa forma e mistura-se com a maturidade.

    É liindo!

    Aos vinte a vida passa por nós. Aos trinta nós passamos pela vida.
    Aos vinte gozamos os momentos porque sim, porque sabe bem, quase como por impulso.
    Somos insustentavelmente leves.

    Aos trinta prolonga-se o gozo, numa espécie de zen.
    O prazer que retiramos de tudo o que vivemos e fazemos é mais profundo. Temos mais preocupações, mais contas a pagar, menos tempo, a leveza do ser torna-se sustentável, mas tudo isto serve para nos mostrar que o tempo livre de que dispomos tem que necessariamente ter maior qualidade (por ser mais escasso e por ser vivido de forma mais intensa).

    Percebemos que há pequenas coisas que nos podem fazer felizes e que na grande maioria das vezes é preciso tão pouco para ser feliz.
    Tenho momentos de felicidade agora, como aos vinte.
    Mas a consciência que tenho deles e a plenitude que me invade, é agora muito maior.

    Considero esta década o auge.
    Gosto disso.

    Nota: A verdade é que pensando bem, uma boa parte daquilo que sou (leia-se tudo o que vivi/aprendi nos últimos 15 anos) resulta da partilha de momentos e espaços inundados pelo espírito do NAB. Se calhar, também esta espécie de terramoto interior se deve à interacção com muitas das pessoas ligadas ao núcleo. Esta é a minha forma de dizer:
    Obrigada a todos. ”

    Penso que este texto, ainda que não exclusivamente dedicado ao NAB, irá “mexer” com todos aqueles que directa ou indirectamente sentem o espírito da “coisa” e vivem a nossa MÍSTICA.

    Até breve