Foi a 30 de Setembro que tudo aconteceu

Malta jovem se junto e um novo núcleo apareceu

No Bola D´Ouro cresceu a ideia “fenumental”

Com 30 bácuros fazer o maior Núcleo de Portugal

E a ideia foi em frente e até um simbolo criámos

Para de emblema servir um esbelto porco adoptámos

De aposta em aposta, ao futebol na praia

O que nos parte a carola “é um belo rabo de saia!”

É NAB, É NAB, É NAB, É NAB, É NAB

É NAB, É NAB, É NAB, É NAB, É NAB

Sexta-feira, é pronúncio

Domingo, Agitado

Sábado, é dia de Fé

“Finau de Semana é Sagrado”

Lá, lá, lá, lá lá……………Lá, lá, lá, lá lá…………

Já passamos por muito juntos e vamos aguentando

Agarrados às Bejecas e aos amendoins no “Fernando”

Sempre sempre em discussão, por vezes não joga o baralho

Há a irritação da ordem, “ó pá vai mas é para o caralho!”

Nasceu do nada a união que muitos anos durará

Bem expressa nesta canção, a qual ninguém esquecerá

Foi a 30 de Setembro que tudo aconteceu

Malta jovem se juntou e um novo Núcleo apareceu

É NAB, É NAB, É NAB, É NAB, É NAB

É NAB, É NAB, É NAB, É NAB, É NAB

Lá, lá, lá, lá lá…………….Lá, lá, lá, lá lá………

Lá, lá, lá, lá lá…………….Lá, lá, lá, lá lá………

quinta-feira, julho 21, 2005

A Banda Sonora das nossas Memórias

  • Rolling Stones - Sympathy for the Devil

  • (...give me one dollar baby, I´ll turn your money green...)
    Furry Lewis 1928

    Deambulando de memoria em memoria, estilo "in illo tempore" do Trindade Coelho, vejo associado a cada reencontro com o passado, uma musica, um autor, um cantor, como se os momentos que recordo tivessem anexo uma "Banda Sonora" deles fazendo parte, como se fosse a chave para identificar qual o sentimento que atribuo à própria recordação.

    Muitas vezes uma Musica pode ser o motor, a origem de um estado de alegria ou tristeza inexplicável no imediato. Após revolvermos o nosso “Baú”, reparamos que em dado momento da Vida um acontecimento ou uma fase, tinham uma "escolta" feita por um LP, faixa, programa de rádio, Banda, cantor ou estilo musical.

    Quantas vezes ao ouvir o "Depois do Adeus" sou assaltado por um sentimento de alegria e nostalgia, sendo o mesmo com a marcha "Living in a Ocean Wave" vulgar "Marcha do MFA", coisas distintas, propósitos diferentes, despertam em mim a mesma memoria e o mesmo sentimento, associação obvia dirão os prezadíssimos Confrades, o mesmo não dirão da " parelha" de Álbuns “City to City” do Gery Raferty e da Banda Sonora do Neil Diammond para o Filme Fernão Capelo Gaivota. No entanto estão os dois na mesma gaveta das minhas memórias.
    Em finais dos anos 70 o meu Pai ficava a preparar aulas até de madrugada e tinha por companhia estes dois álbuns que ouvia repetidamente. Eu tinha-os como música de embalar.

    Temas que não sendo da nossa especial preferência, recordam-nos momentos únicos e, felizes ou não.
    “Passengers” do Elton John, Verão de 1984 em Sto António da Caparica,
    “In the Navy” transporta-me para 1996 e uma Noite de Agosto numa Discoteca de Palma - “Tyto´s Place”. “Porto Covo” leva-me à Vila Alentejana do mesmo nome, quando no Verão de 90 passámos por baixo dos taipais construídos no centro da terra que serviu de inspiração ao Carlos Tê, e que limitava a assistência pagante dos borlistas ao concerto do Rui Veloso... (como a minha forma física é outra, hoje ficaria lá entalado a ouvir "...havia um pessegueiro na Ilha..."); lembram-se os que estavam comigo acampados no Parque de campismo da Ilha do Pessegueiro? E os Pink Floyd em casa do Pinto? E a fase Punk em casa do Zé...Sex Pistols, Clash, Ruts, Mata Ratos, sempre em " altos berros"

    Neste passeio pelo passado não me reporto unicamente a musicas.
    Que dizer do facto de ainda me lembrar de que " a Rádio Renascença está a emitir com os Emissores de Braga, Faro, Gardunha, Guarda, Lamego, Lisboa, Lousã, Mendo, Monchique, Montejunto, Portalegre, Porto e Valença" ou " Em Orbita com o patrocino da Sado-Mar empresa de navegação e transito".

    Em meados de 80 ficava até de madrugada a ouvir " O 2 do Quelhas" do Paulo Fernando. As frases, "chamo-me Fernando estou-me marimbando", " para que não lhe falte mesmo nada...e Eu que saiba!", " ai basta, basta que é Fidalgo!" jazem latentes, e recorro a elas quando não quero dizer nada.

    Nessa altura também ouvia os "Intocáveis" onde fazia parte do cerimonial ouvir a frase " este disco é intocável mas felizmente não é inquebrável, por isso vamos parti-lo!".
    Tudo isto ouvido baixinho, não que estivéssemos na Noite Negra do Fascismo a ouvir a Rádio Argel, não! Apenas tinha aulas no dia seguinte e " amanhã tens de acordar cedo pá!!!"

    Os cantores de intervenção no pós 25 de Abril não me transportam só para os Anos da Brasa. Em Oitentas ouvia insistentemente o " Cantigas do Maio" (o Abel tinha o vinil em casa, foi o primeiro álbum que lhe pedi emprestado em 1986) de onde saiu o Grândola Vila Morena, faixa esta que associo à 1ª Infância.

    Os Blues do Delta, Robert Johnson, Charlie Patton, Son House foram a minha companhia numa rocambolesca viagem numa madrugada de temporal, a caminho de Sines. Acampámos durante a "borrasca" num ínfimo iglô, debaixo da bátega de água, passando 2 dias a ouvir os Mestres...
    …sempre que oiço "I´ll turn your money green " abro o guarda-chuva… e já lá vão 12 anos!!!

    E o Tema "Tirana", genérico do TV Rural apresentado pelo Eng. Sousa Veloso?
    Quando o ouvia era sinal de alerta. Os desenhos animados vinham a seguir.
    E as musicas que apresentavam o "Tempo de Governo"? "Tropicalíssimo"? magazine da autoria do correspondente da RTP no Brasil penso que era o Renato Varela, Pai da Renata Varela .

    Como dizia o Poeta " vimos de muito atrás, muito atrás!"

    Há 8 meses enviei uma listagem a um Confrade em que constavam as "Musicas da minha Vida", musicas ou álbuns que por uma razão ou outra me ficaram como selo de uma época ou momento.
    Partilho-a convosco alterada da original porque, a memoria também é como as cerejas:
    Puxa-se uma e vêem outras atrás

    Certo que não apocarão dos meus fracos conhecimentos em Inglês (aceito correcções).
    Que esta Lista seja ponto de partida para as vossas memorias muito pessoais e que connosco as possam partilhar



    No dia em que o rei fez anos - Green Windows
    Venham mais cinco - José Afonso
    Cantigas do Maio - José Afonso
    Fungágá da Bicharada - José Barata Moura
    Fernando - ABBA
    I love to love - Tina Charles
    One Broken Heart for sale - Elvis
    Olympia 1978 - Shadows
    Jonathan Livingston Sea eagle ( Fernão Capelo Gaivota ) - Neil Diammond
    City to City - Gery Rafferty
    Love at the first (…) - Scorpions
    Let’s dance - David Bowie
    Golden brown - Stranglers
    Estou de passagem - UHF
    You beter be good to me - Tina Turner
    Voice of America - Steve van Zant
    Hatful of Hollow - Smiths
    Graceland - Paul Simon
    Soulsberry Hill - Peter Gabriel
    The Queen is dead - Smiths
    Love is for suckers - Black Sabath
    Crossroad Blues - Robert Johnson
    Them or Us - Frank Zappa
    Fascinação - Elis Regina
    Skin deep - Stranglers
    Glory days - Bruce
    Circo de Feras - Xutos e Pontapés
    Minnie The Mootcher - Cab Calloway
    Sitting on the dok of the bay - Otis Reading
    On stage (Internacional Hotel Las Vegas Nevada February 1970) - Elvis
    Tanto Mar - Chico Buarque
    You got to help me - Sonny Boy Williamson
    Alahoa from Elvis in Hawai - Elvis
    Living in a Ocean wave ( MFA ) - Desconheço????
    Baby Jane - Rod Stewart
    O Ladrão - Vomito
    LaJavanese - SergeGainsburg
    FMI - José Mário Branco
    Depois do Adeus - Paulo de Carvalho
    Thank you Satin ( en public à l`Alhambra 1961) - Leo Ferré
    Les Bourgois - Jaques Brell
    Nebraska - Bruce
    NBC TV special 1968 - Elvis
    Live in the hart of the city - White snake
    Real to Real - Marillion
    Ocean Rain - Echo and the Bunnymen
    The Trinity session - Cowboy Junkies
    The Big Chill - Colectânea

    Uma nota especialíssima ao tema dos Metallica, “Last Caress” seguido do “Green Hell” do EP Garage Days Revisited (em Alfeizerão no ano de 1988 o Green Hell era interpretado por nós como incitamento ao Granel, cumpríamos à risca!....)

    Alguns e Algumas sabem a razão pela qual estas Musicas e LP´s aqui estão, mas tornar-se-ia extenso justificar a sua presença uma por uma.

    Faço notar que a lista tem como factor de ordenação único, a aleatoriedade da minha memória.


    Gualdim

    sexta-feira, julho 15, 2005

    Nós vimos... e AGARRÁMOS !!!


    Ah pois é!...
    Nós estivemos lá... com o rigor que nos caracteriza.
    Pedro e João numa incursão pela Feira erótica.
    E, podemos afirmar:
    FOI BOMMMMM!

    O ambiente era “estranhamente” agradável.
    Para quem pensava, como nós, que iríamos apanhar com uma cambada de “rebarbados” a espumar pelos cantos da boca, com a mão a aconchegar as partes intimas.......desengane-se. É certo que também os havia, de telemóvel em punho, ávidos pelo melhor instantâneo possível, de bigode, sem bigode, com ou sem cerveja na mão, a lamber os lábios, ou apenas com um olhar lânguido, capaz de devorar todas as estrelas que por ali passassem naquele momento.....PIM..PIM...PIMBA....(Ai se elas deixassem...!?!)

    Ao contrário do que esperávamos o ambiente era totalmente descomplexado, muitas das pessoas que circulavam pelo recinto eram casais, que se entretinham com os apelativos artigos eróticos vendidos nos stands da especialidade, bem como, nas sessões de Strip Tease, nas simulações de actos sexuais com formatação “artística”, com pinceladas (que adequada é esta palavra) de ballet clássico pelo meio, ou... pasme-se,... no Cinema Paraíso.
    Este cinema improvisado, permitia a entrada grátis, e permitia assistir-se a pura pornografia. Para além das cenas de sexo em écran gigante, onde até o menos dotado faz boa figura, foi muito interessante (do ponto de vista sociológico) ver casais de todas as idades a assistirem juntos a umas belas ripadas sobredimensionadas.
    Meus amigos, o ambiente não estava em nada diferente das sessões estivais da Cinemateca, nem das sessões de autor do King.

    Ok! É verdade, não estávamos na Barata Salgueiro, estávamos no Parque das Nações, não tem, certamente, a mesma dignidade intelectual, mas o ambiente contemplativo da arte no seu esplendor, era um facto incontornável. E arte, como os meus amigos sabem, é algo de difícil discussão.
    É arte e ponto final!

    Num espaço ao lado, existia um recinto dedicado aos amantes dos fetiches. E a ver pela afluência (apesar de ser um espaço pago), existem muitos “feticheiros” e fetiches no nosso país. Se, porventura, pensava que só iria ver pessoas vestidas de cabedal e chicote na mão, ou a lamber tacões de sapatos, ou até mesmo a rastejar com uma coleira no pescoço, mais uma vez enganei-me.
    Privilegiou a normalidade das pessoas que se enfileiravam ordeiramente para entrar. Cada sessão só permitia 200 pares de olhos, mas pelos tamanhos das filas, nem com o dobro da capacidade, o número de pessoas à porta diminuiria.

    O tempo ia passando e começávamos a dominar a zona.
    Ora agora vamos ao Show de Strip, ora agora vamos beber uma bejeca, ora agora vamos ver o espectáculo da Vivian Schmit (Vivi para os amigos mais chegados), ora agora vamos ao palco grande, ver a ousadia do público que participa nos espectáculos... e assim se ia passando o tempo.

    O público português surpreendeu-nos! Diríamos mesmo que após a edificação da Expo’ 98, do sucesso organizativo do Euro 2004, o comportamento do povão na Feira Erótica de Lisboa é um dos poucos motivos de orgulho para a nossa auto-estima. Parece ironia, mas é verdade: a atitude descomplexada, que foi imagem de marca do público do certame, é algo que demonstra uma evolução comportamental assinalável, e afinal, só há 30 anos é que o Quartel do Carmo caiu e 30 anos é muito pouco numa sociedade.

    Havia uma grande entrega de todos os presentes. Primeiro com alguma timidez, mas com o tempo a desinibição foi chegando. E, se julgam que a participação era só masculina, mais uma vez estão enganados. Houve participação feminina, e uma participação bem boa., quente e excitante....Uff! Não sei o nome dela, mas a miúda que subiu para o palco naquela noite de Sábado merecia uma condecoração no próximo 10 de Junho. Aquele misto de coragem, desinibição, temperado com algum normal constrangimento, excitou a plateia, fosse ela, masculina ou feminina.

    Os Queluzenses, como seria de prever, não deixaram os seus créditos em mãos alheias, e tiveram um representante em palco.
    Não... não fomos nós. Mas podemos adiantar que esteve ao seu nível.
    Infelizmente não vimos esse momento, considerado entre a crítica, como o momento da feira. Mas como vimos um remake com a mesma estrela internacional (uma veterana italiana, com um andamento…), podemos garantir que o representante da Gália esteve em grande nível, sendo possível ouvir, através da voz de testemunhas oculares e por sinal, também oriundos das mesmas paragens:
    “Ele lambeu-lhe o grelo, ele lambeu-lhe o grelo!
    É um orgulho ter um amigo assim!” dizia-se de pulmão cheio após o espectáculo. Em suma, houve “show de bola”, após a exigente triagem que a respeitada artista efectuou pelos magotes de gente que se gladiavam pelas melhores posições nas primeiras filas. No final houve um aplauso unânime, com vários elementos do sexo feminino a exultarem a actuação.
    VIVAM OS MACHOS DE QUELUZ!

    Estarão os nossos queridos leitores a perguntar: “então as gajas? Eram boas?”
    Podemos adiantar que havia de tudo. Bonitas e menos bonitas, magras e mais gordinhas, com silicone (a maior parte) e sem silicone, altas (e bem altas....fonix) e baixas (hummm minha querida Mya Diamond...), morenas e louras, mamalhudas e menos mamalhudas, rabudas e menos rabudas, etc, etc, mas com algo em comum: Uma enorme BOA ONDA, o que fez com que o importante fosse essa empatia das artistas com o povão, sendo secundário um ou outro pormenor físico.

    Com este panorama....tínhamos que desfrutar da feira em pleno. Não podíamos ser meros “voyeurs”, macho que é macho, tinha que fazer algo mais. E fomos à luta!....

    As “meninas” (na sua grande maioria quase virgens) estavam lá para se dar a conhecer. E nós fizemos questão de o fazer. Fomos á caça. À caça dos autógrafos (bem entendido), á caça da fotografia (algumas muito elucidativas da ambiente reinante no certame), à caça do beijinho (sendo possível constatar um cheiro irresistível que todas emanavam e que deixam um “caramelo” um bocado mais “emplogado”. Nos momentos em que a máquina fotográfica fez “clique”, houve mãos que terão deslizado até abaixo da cintura e até abaixo dos ombros, fixando-se em algumas caixas toraxicas mais disponíveis. Provavelmente, terá sido pelo suor provocado pelo calor que se fazia sentir. Bendita invenção da máquina digital, ela foi o melhor argumento para travar conhecimento e lutar até à exaustão pelo melhor instantâneo.

    Foi bonito.....gostámos e recomendamos. A indústria porno está bem e recomenda-se, representada com profissionais de grande valor, que retribuem o carinho dos fans com uma disponibilidade incrível, e sempre com um enorme sorriso.
    Em 2 palavras: “im pressionante!”

    Se porventura, abrimos o apetite, não desesperem, poderão visitar este inolvidável certame no próximo ano. O êxito da primeira edição (35 mil apreciadores e curiosos), foi motivo da confirmação imediata do evento em 2006... e aí... quem sabe o que lhe pode acontecer?
    Poderá não só ver, mas também participar activamente...
    NÓS VIMOS E AGARRÁMOS.

    Lamentavelmente, notou-se a angústia de alguém dos nossos, que andou perdido pelo certame durante horas a fio à procura de algo que não vislumbrou e que lhe poderá sair muito caro, porque igualmente existem provas testemunhais (presenciais e digitais) de que o objecto tão procurado estava lá; a banheira estava lá! Mas possivelmente, tal como tem acontecido ultimamente, elas passam-lhe ao lado ou mesmo por baixo das pernas e ele nem as vê, nem uma banheira insuflável. Pena para ele, que assim tenha sido.

    Duas ideias mais:

    - Umas horas na FIL Erótica, são muito melhor que uma semana em Maiorca, e no mínimo avisa-se, PORRA!

    A última para o nosso amigo, sim o próprio:

    - Pena que não tivesses ido, para o ano estamos lá companheiro! Mas se te consola, garantimos-te que estiveste sempre no nosso pensamento (era para escrever nas nossas cabeças, mas poderia dar azo a interpretações menos rigorosas).


    Um abraço daqueles que estiveram lá e agarraram,
    GIOVANNI e PEDRO