Foi a 30 de Setembro que tudo aconteceu

Malta jovem se junto e um novo núcleo apareceu

No Bola D´Ouro cresceu a ideia “fenumental”

Com 30 bácuros fazer o maior Núcleo de Portugal

E a ideia foi em frente e até um simbolo criámos

Para de emblema servir um esbelto porco adoptámos

De aposta em aposta, ao futebol na praia

O que nos parte a carola “é um belo rabo de saia!”

É NAB, É NAB, É NAB, É NAB, É NAB

É NAB, É NAB, É NAB, É NAB, É NAB

Sexta-feira, é pronúncio

Domingo, Agitado

Sábado, é dia de Fé

“Finau de Semana é Sagrado”

Lá, lá, lá, lá lá……………Lá, lá, lá, lá lá…………

Já passamos por muito juntos e vamos aguentando

Agarrados às Bejecas e aos amendoins no “Fernando”

Sempre sempre em discussão, por vezes não joga o baralho

Há a irritação da ordem, “ó pá vai mas é para o caralho!”

Nasceu do nada a união que muitos anos durará

Bem expressa nesta canção, a qual ninguém esquecerá

Foi a 30 de Setembro que tudo aconteceu

Malta jovem se juntou e um novo Núcleo apareceu

É NAB, É NAB, É NAB, É NAB, É NAB

É NAB, É NAB, É NAB, É NAB, É NAB

Lá, lá, lá, lá lá…………….Lá, lá, lá, lá lá………

Lá, lá, lá, lá lá…………….Lá, lá, lá, lá lá………

sexta-feira, março 24, 2006

C.A.Queluz - Passado, presente... e que futuro?

Já vai longe o ano de 1982, altura em que nos habituámos a ir ao “inferno” do Pavilhão Henrique Miranda, ver as gloriosas tardes e noites de alegria que o Basquetebol do Clube Atlético de Queluz nos proporcionou.

Ganhámos a taça, o campeonato, a supertaça, fizemos a Europa olhar para o nosso clube e para a nossa terra.
Quem não se lembra de ver o Stade Français “sucumbir” ás mãos dos triplos empolgantes do Carlos Lisboa?

Era a altura do mini-basquete, uma época em que o deporto –rei no liceu era o basquetebol, de onde saiam muitos valores para despontar nos escalões jovens da nossa terra, escalões esses que deram o maior numero de sucessos ao clube, considerado muito naturalmente com uma referencia a nível nacional nesta área.

Lá estava o Hugo à cabeça de todos, que até dizíamos que um dia iria ser a cabeça da águia…

Anos mais tarde, voltamos a ser campeões nacionais da Liga, a ganhar a taça, a ter o pavilhão cheio, e o inferno voltou a ser o de outrora!

Este ano, vindos de uma época fabulosa, onde a Raça nos fez ser novamente campeões, as coisas tem sido mais difíceis, e os resultados, fruto sabe-se lá do quê, têm sido menos animadores… o Clube passa por dificuldades!!!

Penso que não nos caberá agora fazer quaisquer juízos de valores sobre o que é que se passa, pois para tal existirão sede e responsáveis próprios.

Poderemos no entanto ajudar, indo ao pavilhão no dia 8 de Abril, para fazer uma grande enchente, ver, rever caras antigas e apoiar o nosso clube, que tantas alegrias nos deu, a vencer a Ovarense num apetecível reviver da final da época passada.

Para além da componente desportiva, o mais importante é a receita do jogo reverter para os escalões de formação.

Dia 8 de Abril, no pavilhão é dia de festa, com muitas animações e festividades, garantidas pela cabeça da águia (vocês sabem de quem estou a falar) e o NAB vai de certeza mostrar a sua vitalidade no apoio ao nosso clube.

As surpresas serão muitas, com algumas presenças já garantidas:

· José Vilão (ele mesmo) na bateria.
· Grupo de Hip Hop do Real
· Coro da igreja do Monte Abrãao (à boa maneira Gospell americana?),
· Homenagens várias a grandes nomes do Clube
· Michael Jordan já garantiu a sua presença

Com o “mini bar” e o “barbeque” a garantirem também a sua presença, o início das festividades está marcado para as 14.30, num dia que vai ser de festa em Queluz.

Vamos passar a palavra e levar toda a malta ao pavilhão do Queluz no dia 8, para uma festa de apoio à CONTINUIDADE DO CLUBE.

É A HORA DE DAR APOIO A QUEM ACREDITA QUE O CLUBE TEM VITALIDADE PARA CONTINUAR!

Pela Raça, Viva o Queluz!!!

quarta-feira, março 15, 2006

9 de Abril - O centro do centro do Mundo

A minha rua era o centro do Mundo…

Era na minha rua que tudo começava.

Para além de ter tido a sorte de ter nascido em Queluz (nem, todos sabem o que isso é, e muito menos se poderão gabar de tal, talvez por não saberem o que isso é), tive ainda mais sorte por os meus pais morarem na RUA 9 DE ABRIL!!

Apenas um enquadramento história pela proveniência do nome:
“Dia 9 de Abril de 1918 marca o dia da “batalha do Lys ou Batalha de La Lys, na região da Flandres, no sector de Ypres.
Nesta batalha, que marcou a participação de Portugal na Primeira Guerra Mundial, os exércitos alemães, provocaram uma estrondosa derrota às tropas portuguesas.

A 2ª divisão do CEP, constituída por cerca de 20.000 homens comandados pelo general Gomes da Costa, viu-se impotente para aguentar o embate das 4 divisões alemães, do 6º exército, com cerca de 50.000 homens comandados pelo general Ferdinand von Quast (1850-1934). Essa ofensiva alemã, montada por Ludendorff, ficou conhecida como ofensiva “Georgette”. As tropas portuguesas só em 4 horas de batalha perderam cerca de 7.500 homens entre mortos, feridos, desaparecidos e prisioneiros, ou seja mais de um terço dos efectivos.”

… 9 de Abril marcou assim uma das piores derrotas portuguesas de todos os tempos…
Mas da homenagem que decidiram fazer aos heróis portugueses que deram a vida por uma causa quase perdida, nasceu uma rua que viria a ser uma referência na Vila de Queluz, entretanto elevada a cidade.

No nosso tempo, a 9 de Abril era um Mundo!!!

De onde és?
Sou da 9 de Abril, dizíamos com orgulho!

Uma rua não é apenas um caminho, um carreiro, é muito mais que isso. Uma rua que se preze tem alma, tem vida própria, e quem lá vive, tem a sua mística, e vive segundo os seus mandamentos!

A 9 de Abril tinha mística… tinha alma… e as suas gentes orgulhavam-se disso!

Havia o grupo dos grandes, malandros, com o seu espaço ganho à custa de serem maiores que os outros, nós…

O Artur Paulo (irmão do Óscar), o Arturinho pencudo (irmão da Paula), o Humberto (irmão do Hugo), o Mochila, o Paulo, O João Rui (canina), o Tó Lavado, o João do talho (irmão do Carlos), o Quim, que dizia ser o pai… Também lá apareciam o Bibi, o Pedro (irmão do Cajó), o Meg que não era grande nem pequeno, e muitos outros ocasionais que por lá passavam…

Depois havia os putos… grandes putos… à cabeça o To-zé, por ser aquele que no final dos jogos com os grandes todos lhe queriam bater… por não lhe conseguirem ganhar e quase nem marcar golos! Já foi um grande guarda-redes!!!
Mas também o Carlos Magalhães, o Luís, o Pedro Pinto, o Maia, o Hugo, o Óscar, o Orlando que era grande mas andava com os miúdos, eu, o Adolfo, o Formiga e o irmão Vítor Peixeiro, o Artur Neto, o Manuel Pica. Mais tarde começaram a aparecer o Pedro e o Miguel Oliveira, e também o Pi, que antes de o ser já era o Magrinho.
E também os filhos adoptivos da rua, como por exemplo o Jaime (disse-se ter sido a maior contratação daquela época), o Carlitos, o David, e muitos outros que por lá davam e recebiam verdadeiras lições de vida.

Era uma rua com azáfama, onde os campeonatos de futebol, de basquetebol no saudoso pátio da igreja, aconteciam à mesma hora das compras do pão e das mercearias, da carne e dos enchidos, com o armazém dos Morgados com lugar de camarote!

Chegamos até a fazer balizas de hóquei, com uma categoria tal, que só rivalizariam com as balizas que anos mais tarde fizemos para a praia. Os “engenheiros e projectistas” já por aí andavam…

Havia mercearias, padaria, talho, banco, armazéns, igreja que simultaneamente era palco de Missa e pavilhão multiusos … era ali que passávamos os dias e boa parte das noites!

Chegamos a ser 20 e tal miúdos por ali a correr de um lado para o outro, nas festas dos santos populares, nas batalhas de cartuchos e laranjas e maças; nas tardes e noites de verão, nos finais de tarde após a escola, e sempre que podíamos.

Cheguei a comer a “correr” para não ser o ultimo a chegar após o jantar, pois era sinal de que “iria ficar a noite toda…” NDR – linguagem da rua!

Havia o lado negro, quando moíamos o juízo aos “velhos” e depois “orgulhosamente” afrontávamos a polícia, pois quando chegava o carro, só levava 4 e nós éramos tantos… e por sinal, iam sempre os mesmos – os maiores (ás vezes era bom ser pequeno).
Éramos os bons malandros!

Era a boa maneira de passar os dias quando quase não havia televisão.

Por ali tudo aconteceu…

Gosto de pensar que existe no NAB alguma coisa da mística da 9 de Abril, tem que existir… como de outras…

A 9 e Abril deixou-me recordações inesquecíveis e ainda hoje digo que sou da 9 de Abril!

Aquela que era sem margens para duvidas o centro do centro do Mundo!!!
9 de Abril Sempre!