"A tradição ainda é o que era"
No capítulo das tradições o NAB é um referencial!
Já o sabemos e fazemos questão de que essas tradições se mantenham, com maior ou menor esforço.
Sobre futebol, nem vale a pena falar pois já não é uma tradição o que semanalmente vai acontecendo na Ajuda.
Já o sabemos e fazemos questão de que essas tradições se mantenham, com maior ou menor esforço.
Sobre futebol, nem vale a pena falar pois já não é uma tradição o que semanalmente vai acontecendo na Ajuda.
Acho que já faz parte das nossas vidas, a forma como tradicionalmente as coisas que acontecem de à vários anos a esta parte, se mantêm com todo o seu esplendor, cada vez que sob o pretexto do futebol, se inicia mais um ritual que poderia deixar pasmados quem acidentalmente ali fosse cair.
Mas o que me leva a escrever este texto é a memória de uma outra prática, que iniciando-se no ano de fundação do Núcleo se manteve durante muitos anos, esbatendo-se com o passar do tempo e ganhando outros contornos.
O Natal do NAB.
Na noite certa, mas com o relógio a passar a hora em que o Gorducho vestido de vermelho com ar de Capitão Iglo (acho que é um part-time que o Pai Natal tem durante o ano) distribui prendas, o pessoal do Núcleo marcava os seus encontros em Queluz, para de uma forma simples, mas sempre com uma alegria imensa, festejar a passagem de mais um aniversário do nascimento de Jesus.
Perde-se no tempo o local original do primeiro natal do NAB, apontando a minha memória para as arcadas do Iceberg, passando a ser em anos seguintes no fundo do jardim, onde se efectuaram a maioria dos seus encontros.
Havia duas ou três regras para se participar no Natal do NAB.
A primeira, não podia deixar de ser a oferta de uma prenda. Natal é Natal!
A segunda passava por cada um dos participantes se fazer acompanhar por algumas das iguarias que horas antes, na companhia da família, serviam para adornar a mesa e adocicar a boca de todos.
A terceira era a hora marcada. Confesso que nunca percebi a que horas era o Natal do NAB. Dizia-se que era “um bocado depois da meia-noite”, mas como “um bocado depois da meia-noite” é diferente para cada um, lá começava o Natal ás tantas da manhã.
O que mais marcava a noite, quando ”um bocado depois da meia-noite” já tinha chegado, e se contava com a presença de todos, era a distribuição de prendas.
Quem chegava com o embrulho, entregava-a ao Abilio, que a numerava, para depois ser sorteda e distribuida aos presentes.
Mas o que me leva a escrever este texto é a memória de uma outra prática, que iniciando-se no ano de fundação do Núcleo se manteve durante muitos anos, esbatendo-se com o passar do tempo e ganhando outros contornos.
O Natal do NAB.
Na noite certa, mas com o relógio a passar a hora em que o Gorducho vestido de vermelho com ar de Capitão Iglo (acho que é um part-time que o Pai Natal tem durante o ano) distribui prendas, o pessoal do Núcleo marcava os seus encontros em Queluz, para de uma forma simples, mas sempre com uma alegria imensa, festejar a passagem de mais um aniversário do nascimento de Jesus.
Perde-se no tempo o local original do primeiro natal do NAB, apontando a minha memória para as arcadas do Iceberg, passando a ser em anos seguintes no fundo do jardim, onde se efectuaram a maioria dos seus encontros.
Havia duas ou três regras para se participar no Natal do NAB.
A primeira, não podia deixar de ser a oferta de uma prenda. Natal é Natal!
A segunda passava por cada um dos participantes se fazer acompanhar por algumas das iguarias que horas antes, na companhia da família, serviam para adornar a mesa e adocicar a boca de todos.
A terceira era a hora marcada. Confesso que nunca percebi a que horas era o Natal do NAB. Dizia-se que era “um bocado depois da meia-noite”, mas como “um bocado depois da meia-noite” é diferente para cada um, lá começava o Natal ás tantas da manhã.
O que mais marcava a noite, quando ”um bocado depois da meia-noite” já tinha chegado, e se contava com a presença de todos, era a distribuição de prendas.
Quem chegava com o embrulho, entregava-a ao Abilio, que a numerava, para depois ser sorteda e distribuida aos presentes.
Continua bem viva a imagem de ver ao fundo do jardim, o pessoal de copo na mão, fazendo movimentos para afastar o frio, com vários sacos com os mais variados doces tipicos de natal, e com as tais prendas embrulhas, alinhadas e numeradas meticulosamente de acordo com a chegada de cada um.
Enquanto se comia mais uma filhoz, e se bebia qualquer coisa, lá se dizia:
“Espero que me saia a do Heavy!!!”
Era a melhor prenda de todas.
“Espero que me saia a do Heavy!!!”
Era a melhor prenda de todas.
Toda a gente queria que lhe saísse a prenda do Heavy. Era incontornável.
Enquanto alguns dos presentes optavam pelo “porta-chaves” (que chegou anos mais tarde a ser proibido!!!), o Heavy escolhia meticulosamente a sua prenda, tornando-a na mais apetecível e sendo provavelmente a mais invulgar prenda de natal - Um filme pornográfico, com a presença de algumas das melhores actrizes da praça.
E então era um festim dentro da festa. Quando saia a prenda do Heavy, toda a gente parava para ver a capa e começava uma galhofa total, que até ajudava aqueles a quem tinha saído o porta-chaves a superar tamanho azar.
Mas haviam outras prendas de grande nível:
A pistola e o cinto de cowboy era um espectáculo. Quando a juntar também havia arco e flechas, era o renascer do velho Oeste no Queluz.
Houve piões, pistolas do espaço, filmes de grande nível, índios e cowboys, robots, espadas, livros, chapéus, meias, garrafas, e claro porta-chaves!
Como não podia deixar de ser, a bola de futebol marcava presença, e lá havia um joguito para aquecer.
Continua a tradição, agora mais elaborada, no conforto do lar, com a presença de mulheres, namoradas, filhos e amigos.
Este ano não me saiu um porta-chaves!!!
Para sempre fica a tradição do Natal do NAB.
Enquanto alguns dos presentes optavam pelo “porta-chaves” (que chegou anos mais tarde a ser proibido!!!), o Heavy escolhia meticulosamente a sua prenda, tornando-a na mais apetecível e sendo provavelmente a mais invulgar prenda de natal - Um filme pornográfico, com a presença de algumas das melhores actrizes da praça.
E então era um festim dentro da festa. Quando saia a prenda do Heavy, toda a gente parava para ver a capa e começava uma galhofa total, que até ajudava aqueles a quem tinha saído o porta-chaves a superar tamanho azar.
Mas haviam outras prendas de grande nível:
A pistola e o cinto de cowboy era um espectáculo. Quando a juntar também havia arco e flechas, era o renascer do velho Oeste no Queluz.
Houve piões, pistolas do espaço, filmes de grande nível, índios e cowboys, robots, espadas, livros, chapéus, meias, garrafas, e claro porta-chaves!
Como não podia deixar de ser, a bola de futebol marcava presença, e lá havia um joguito para aquecer.
Continua a tradição, agora mais elaborada, no conforto do lar, com a presença de mulheres, namoradas, filhos e amigos.
Este ano não me saiu um porta-chaves!!!
Para sempre fica a tradição do Natal do NAB.